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PSD Covilhã - QUE OPOSIÇÃO?

O artigo desta semana é sobre a oposição que deve existir sempre, a tempo inteiro, à gestão de uma Câmara. A oposição é um elemento fundamental que, para além de fortalecer a democracia, faz com que quem governa mude determinados paradigmas ou, no mínimo, altere algumas medidas ou políticas que tenciona colocar em prática. Ora, além de muitos outros problemas que estão presentes no nosso concelho, a fraca, ou praticamente nula, oposição que esta edilidade tem tido nos últimos anos, só a fortalece. Partilhamos da opinião que o PS governa a CMC principalmente pela oposição totalmente incapaz que tem sido alvo.

Hoje vamos debruçar-nos sobre o PSD, pois é um partido histórico, quer a nível nacional, quer mais particularmente, na cidade da Covilhã. Um partido que teve um contributo fortíssimo para a projeção da democracia no país. Deixamos para mais tarde algumas considerações sobre as outras oposições.

O PSD foi, muito claramente, destruído na nossa cidade, pelos motivos que todos nós sabemos. Pela primeira vez desde 1974, o PSD Covilhã nem se quer a vereação alcançou na CMC, em 2017. Tem feito uma oposição, desde essa data, baseada nas contas e na mobilidade, passando até, imagine-se, por limites de velocidade no eixo TCT! Apresentou algumas propostas interessantes, nomeadamente relativas ao Geopark e levantou questões sobre o hospital e Parkurbis. Como se coligaram recentemente, pois parece que está na moda, a oposição tem vindo a resumir-se a moções.

É algo que não entendemos e é precisamente aqui que queremos chegar. Um partido que nem tem vereação na CMC, que se encontra esfacelado e com as autárquicas aí à porta, decide mobilizar alguns dos seus militantes a lançarem umas crónicas, num estilo encartilhado, nos meios de comunicação locais sobre temas relativos ao governo central e a outras regiões. Vamos a factos: a 6 de Maio de 2020, Luís Santos, líder do PSD Covilhã, publicou um vídeo nas redes sociais do partido, num sentido de homenagem pela data em causa, referindo ainda que foi fundado por três visionários, nomeadamente Francisco Sá Carneiro. No mesmo vídeo, faz uma espécie de apelo às novas gerações para que mantenham o sonho vivo. Diz ainda “É tempo de honrarmos o nosso passado”. Palavras bonitas. Mas pelos vistos, mudam-se os tempos, mudam-se as vontades. Será que Sá Carneiro também defenderia o acordo parlamentar entre o PSD e o Chega? Seria essa a visão de Sá Carneiro? Apresentamos duas sugestões de leitura: um livro e um excerto de uma página de jornal.



Apelamos aos mais incautos e desatentos, politicamente falando, que reflitam sobre esta informação. Não se trata de opinião, mas sim de factos. E, se mesmo assim, quiserem manter a vossa posição, então sugerimos que comecem a fazer uma prospeção.

Posto isto, expliquem-nos, então, as razões de haver um direcionamento, por parte do PSD Covilhã, nos últimos tempos, para as políticas de Costa e de Rio, e também de Ventura já agora, e não para as de Vítor Pereira. Talvez ainda não tenham percebido que os munícipes, pelo menos uma boa parte, a nível de autárquicas, não votam em partidos. Manifestam, sim, uma tendência em votar em pessoas.

Voltando ao tema da oposição regional, achamos extremamente positivas as 13 medidas apresentadas pela JSD à Câmara, mais precisamente a distribuição de refeições a determinadas famílias e também a redução, em 50%, da fatura da água. Os nossos aplausos! É de lutas deste tipo que os covilhanenses precisam e não de crónicas de opinião mensais a falar da “grande” política! Sejamos honestos...um partido arrasado a nível regional vai focar-se nas políticas do governo central? Podem-no fazer, mas desde que governem a CMC, até porque essa é outra lacuna da atual edilidade - a sua inércia junto do Governo em prol de melhores condições na nossa região.

Ainda em relação às Águas, também reforçamos positivamente as propostas e as reivindicações, pois vão ao encontro do que os covilhanenses precisam, mas achamos que foram, e continuam a ser, demasiado superficiais. As manifestações de insatisfação do PSD Covilhã para com a situação atual das águas estão a atuar sobre os efeitos, e não sobre as causas. Já todos sabemos que a fatura de água é escandalosamente cara! Mas por que razão o PSD Covilhã, e já agora todos os partidos da coligação, não se empenham em intervir sobre as causas que levaram ao disparo da fatura da água?

Para finalizar, deixamos mais algumas perguntas aos candidatos: Caso não vençam as autárquicas, irão cumprir o papel de vereadores? Irão fazer oposição apenas nas reuniões da Câmara e da Assembleia votando contra, ou continuarão a mostrar interesse pelos eleitores locais, da mesma forma que o farão durante a campanha? Que tipo de intervenções farão, junto da população, do ponto de vista da oposição?

“A oposição é, para o poder em exercício, estímulo; e para o interesse comum, fator de progresso” - Francisco Sá Carneiro (1973)

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