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CDS Covilhã - QUE OPOSIÇÃO?

Dando continuidade ao capítulo sobre a oposição na Covilhã, esta semana vamos abordar o que tem sido feito pelo CDS Covilhã. Como já fomos acusados de ter um móbil, vamos tentar escrever de forma a que não haja a mais pequena dúvida quanto a isso. E iniciamos afirmando de forma muito clara que sim, temos um móbil. Porém, sugerimos que atentem na nossa página de facebook, ou no nosso blog, que leiam os artigos já publicados e aqueles que ainda virão a ser, e tentem conciliar e entender tudo. Concluirão, inequivocamente, qual o nosso móbil.

Mais concretamente sobre a postura do CDS no concelho, após uma análise mais detalhada, constatámos que a oposição deste, apesar de maioritariamente ineficaz, mostrou-se muito mais sólida e impetuosa do que, por exemplo, a do PSD. Têm-se envolvido com os mais variados temas, como por exemplo o desporto, a produção de pêssego e cereja, a educação, a mobilidade. Falaram de temas fraturantes para os covilhanenses, como o IMI, IRS, IRC e derrama. Em relação a estes, é muito positivo que alguém exerça força para a sua redução. Todavia, peca por ser uma proposta apenas para o período de pandemia, pois os munícipes precisam de reduções substanciais e definitivas. Outro tema muito particular abordado foi o total desprezo da CMC para com a junta da Boidobra. Uma situação lamentável por parte da CMC em não mostrar um mínimo de interesse por questões do bem comum, nomeadamente a requalificação do edifício da Junta e do polidesportivo. Deixamos uma questão no ar: será que é pelo facto da Junta ser gerida pela oposição? Terá esse fator mais preponderância que o bem-estar da população e do que a preservação do seu património?

Uma situação exemplar de oposição por parte do CDS foi a chamada de atenção para alegadas ilegalidades envolvidas nos trabalhos de requalificação do Caminho do Porsim, nos quais, ao que tudo indica, haveria um risco elevado de incêndio. Ler a notícia aqui https://radio-covilha.pt/2020/08/ultima-hora/cmc-esclarece-suspensao-dos-trabalhos-de-requalificacao-do-caminho-do-porsim/?fbclid=IwAR1kKsTwyn51WuIHK2zDVp47hs3wnrVmz5rAh0rjDNyCBxl46iHOkj7qDB4

Assim, não sendo propriamente algo que mereça elogios, ficamos satisfeitos com o facto da CMC reconhecer um erro gravíssimo e tentar, de alguma forma, corrigi-lo. Uma oposição baseada em leis, factos e bom senso consegue levar a edilidade a recuar nas decisões. É mais disto que é necessário no nosso concelho.

Outro tema que tem merecido um destaque cabal por parte de todas as oposições e inclusivamente da sociedade civil, é a mobilidade, em todos os seus setores - desde os elevadores a estradas com buracos, das ciclovias à rede de transportes de autocarros. Tema fulcral, principalmente para os cidadãos. Aqui, o CDS tem-se mostrado também ativo, mas também consideramos que essa tarefa não é muito difícil. Tendo um vereador com a experiência e clareza políticas como Adolfo Mesquita Nunes e tendo, consequentemente, acesso a vários detalhes da gestão camarária. talvez já devesse ter havido outros resultados no que toca ao plano da mobilidade. Compreendemos o argumento utilizado do número de vereadores presentes - 5 do PS contra 2 das oposições - que leva sempre a um resultado que vai de encontro aos interesses do PS. Isso deveria ser, não uma desculpa, mas sim um estímulo a que se intensifique e, acima de tudo, a que se inove a oposição, não só nas reuniões da Câmara, mas também junto do povo. Além disso, há pequenos detalhes que retiram alguma credibilidade ao trabalho do partido. Este tem vindo a perder popularidade a todos os níveis e a situação ainda se agrava quando são utilizadas expressões rasteiras nas redes sociais como “CHAMEM A POLÍCIA”. As redes sociais são muito utilizadas no dias de hoje, e em tempos pandémicos mais ainda. Então, sugerimos que haja um pouco mais de brio na escrita, transmitindo mais confiança e crédito político à população covilhanense. O CDS é um partido histórico em Portugal, um partido democrático e um dos que impulsionou a democracia no país. Assim, se eliminar alguns meios um pouco mais populistas, como foi o caso do “CHAMEM A POLÍCIA”, talvez venha a ganhar com isso.

Apesar do esforço para tentar entender as razões que levam um partido local, que tem pouca aceitação popular, a fazer algumas publicações relativas ao que se passa no Parlamento, aceita-se que as façam porque lá terá as suas razões para isso. Achamos lógico que mostrem aos covilhanenses, por exemplo, a intervenção de João Gonçalves Pereira no Parlamento, pois manifesta uma preocupação com o interior. Por outro lado, já não achamos propriamente sensato tornar públicas as declarações de Cecília Meireles, quando diz que o CDS não fará parte da geringonça. Bom, em primeiro lugar, duvidamos que a própria geringonça tenha convidado o CDS fosse para o que fosse. Em segundo lugar, aguardemos para ver se o CDS não fará parte da geringonça da direita com PSD e Chega, pois apoiaram a coligação deste dois partidos nos Açores. Inclusivamente, Mesquita Nunes afirmou, no jornal O Público, que foi um erro tremendo este acordo nas ilhas, posição esta à qual o CDS local, estranhamente, não se referiu. Será que é para não ferir a geringonça local, após o PSD Covilhã ter defendido o acordo nos Açores? Consideramos toda esta situação uma flagrante contradição, pois o CDS Covilhã faz parte de uma geringonça local, que, pelo menos até onde se sabe, ainda não se desfez….

É caso para dizer que longe vão os tempos dos saudosos Freitas do Amaral e Amaro da Costa.

Para finalizar, e voltando àquilo que defendemos ser uma verdadeira oposição, foi proferida uma frase, não há muito tempo, que ilustra bem a nossa ideia:

“Viajei por toda e qualquer estrada” - Freitas do Amaral

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