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BALANÇO AUTÁRQUICO - UMA CIDADE ADIADA

O artigo desta semana faz um apanhado da gestão camarária do PS desde 2013 até agora. Iremos mostrar vários exemplos que tocam em diversas áreas, tais como: proteção de animais, águas, medidas covid-19, cultura e urbanismo.

Desde 2013 que têm vindo a público várias notícias nas quais o edil justifica a falta de ação da CMC com as dívidas herdadas de Carlos Pinto. Conclui-se então que esta Câmara traçou como objetivo a recuperação da dívida. Ao que parece, confirma-se ( https://www.jornaldofundao.pt/politica/camara-da-covilha-reduziu-divida-em-sete-milhoes-de-euros-em-2019/ ). Nada que mereça louvor da nossa parte, pois até agora foram quase 8 anos....sim, 8 anos - redução de dívida em 8 anos parece ser algo elementar. Se não se faz obra que se veja, se se mantém o IMI mais alto do distrito e dos mais altos a nível nacional, se se mantém a TOS mais alta a nível nacional, se há 0% de taxa de devolução do IRS aos munícipes, se existe uma selva desregulada no urbanismo, para que haja mais compras de casas e posterior encaixe de mais IMIs e IMTs, já para não falar de outros impostos e taxas municipais, admitimos que a tarefa não tenha sido assim tão heroica. Aliás, até teria sido possível reduzir mais a dívida, desde que se tivesse cortado noutras despesas alegadamente desnecessárias...”Continuamos a ter boas contas, contas certas e contas arrumadinhas...” refere Vítor Pereira. Basicamente, isto significa o seguinte: a Covilhã parou no tempo, mas ao menos temos as contas certas.

Algo que tem vindo a enraizar-se nas populações são os sentimentos e a visão sobre os animais. Algo que veio para ficar e será cada vez mais intenso para o futuro. Neste ponto, temos a Instinto no nosso concelho que está, há sensivelmente uma década, a desenvolver um trabalho voluntário para proteção a animais. Em 2015, esta organização ganhou, democraticamente, a sua entrada no Orçamento Participativo, para que passassem a existir instalações à disposição dos animais. Desde então têm saído notícias todos os anos, nas quais a CMC afirma: “Este ano é que é!”. José Miguel Oliveira voltou a reiterar que seria no fim de 2020, ou no início de 2021 que finalmente se concretizaria tal projeto. Até ao momento, tanto nós como a Instinto continuamos à espera dessas instalações. “Numa resposta escrita assinada por José Miguel Oliveira, vereador com o pelouro do associativismo, a autarquia assegura ainda que «a obra encontra-se concluída faltando apenas os arranjos exteriores, que ficarão finalizados no final deste ano, início do próximo, o mais tardar…»”. Pode ler a notícia de 8 de Novembro de 2020, aqui ( https://ointerior.pt/sociedade/instinto-continua-sem-centro-animal/ ). A questão que surge é: Vai ou não vai haver instalações para a Instinto? E quando?

O tema que tem merecido maior destaque é a pandemia covid-19 e, relativamente a isto, foram tomadas algumas medidas e houve também diversos pedidos por parte das oposições. O mais inusitado foi o pedido do movimento independente De Novo Covilhã, liderado por Carlos Pinto - este pediu 50% de desconto na fatura da água para todo o concelho, no contexto da pandemia. Pode ler-se aqui ( https://radio-covilha.pt/2020/04/politica/de-novo-covilha-pede-desconto-de-50-na-fatura-da-agua-para-todo-o-concelho/ ). Apesar do lado positivo da sugestão, no mínimo é insólito, pois foi Carlos Pinto o primeiro responsável pela subida do valor da fatura. Depois de uma ruinosa concessão das águas, pois só prejudicou as famílias do concelho, apareceu para pedir descontos. Continuamos a fazer um esforço atroz para entender isto. Quando foi para concessionar as águas, não pensou nos munícipes, mesmo com as várias oposições que sofreu; agora que estamos em pandemia, os munícipes já devem ser tidos em conta. Sr. Carlos Pinto, antes de aparecer a pandemia covid-19, os covilhanenses já vivem a pandemia das águas há mais de 15 anos, por sua responsabilidade. Ainda sobre as águas, a CMC tomou medidas de apoio como se pode ler aqui ( https://www.noticiasaominuto.com/economia/1438426/covilha-com-medidas-de-apoio-e-desconto-na-agua-a-quem-perder-rendimento ). Foram também aplicadas outras medidas como a oferta da taxa de entrega de pedidos ao domicílio e o estacionamento gratuito. Medidas um pouco limitadas, pois apenas beneficiam os que têm ou que usam veículo próprio. Além disso, os estafetas não se deslocam a todas as freguesias para fazer entregas, logo, apenas uma parte da população beneficia com isso. Lamentamos que seja necessária uma pandemia mundial para levar os autarcas a ter noção das dificuldades que as famílias passam.

Ainda ninguém imaginava uma pandemia, já José Miguel Oliveira reunia energias para ajudar as famílias do concelho, na tentativa de baixar o preço do saneamento, fator esse que é decisivo para encarecer a fatura da água. “É intenção da autarquia mexer no contrato de concessão e reduzir o saneamento aos covilhanenses”. Leia a notícia aqui: ( https://radio-covilha.pt/2019/09/ultima-hora/cmc-quer-rever-contrato-de-concessao-e-diminuir-valor-do-saneamento/ ). Isto foi em Setembro de 2019. Estamos em 2021 e o preço do saneamento está exatamente o mesmo. Mais um falhanço cabal da Câmara! Temos mais uma pergunta: O preço do saneamento vai ou não vai descer?

No que toca à cultura, basicamente foi inaugurado o Museu da Cidade e o Cine Teatro está em obras já vai para uns anos, com alguns adiamentos ( https://www.sapo.pt/noticias/economia/obra-do-teatro-municipal-da-covilha-com_5cf9458af7a73e7d12e03efd ). A CMC afirmou que o Cine Teatro estará pronto nas próximas semanas. Nós previmos que estará pronto apenas no verão deste ano. Apelamos aos responsáveis que mostrem que nos enganámos nas previsões. São, de facto, dois projetos bastantes interessantes, pois podem dinamizar a cultura na cidade, dinamizar o centro histórico e trazer outra vida àquela zona da cidade. Projetos estes que têm origem em Carlos Pinto e que, após longos 8 anos de Vítor Pereira, vemos finalmente, segundo disse o PS, serem concretizados. Ainda assim, perguntamos: Vai ou não vai haver Cine Teatro este ano?

O presidente da Junta de Freguesia Covilhã-Canhoso, Carlos Martins, e já anunciado candidato, disse, numa recente entrevista ao Jornal Fórum Covilhã, que há muitas obras na cidade que foram concluídas com o PS e que, por inércia da gestão de Carlos Pinto, nunca foram concluídas antes. Pura demagogia. Apesar de várias críticas que possam ser lançadas a Carlos Pinto, a inércia é algo que lhe é injustamente atribuído. O PS, com exceção de raras obras, apenas se limitou a concluir projetos que já estavam elaborados. Mas ainda bem! Como esta Câmara só mostrou até hoje um vazio de ideias, ao menos que se agarre às boas ideias dos outros e que mostre algum serviço.

Ainda na entrevista de Carlos Martins, este salienta as obras feitas pela CMC, nomeadamente: elevador do jardim, miradouro e espaço de restauração na Marquês Ávila e Bolama, Wellcome Center, requalificação do edifício da Banda, Casa da Vila no Tortosendo, obras no mercado municipal, extensões de saúde nas freguesias limítrofes, requalificação da estrada de São Francisco de Assis, Jardim das Artes, alargamento da rua que dá acesso à JF da Boidobra. Aplaudimos e reconhecemos a importância de cada uma destas ações. As freguesias à volta precisam, e muito, de apoios da autarquia. Estão ainda previstas as novas escadas do parque da Goldra - uma intervenção aparentemente interessante que será analisada mais tarde. Talvez seja uma obra que vá ser incluída no pacote da concessão do plano de mobilidade. Já agora, vai ou não haver concessão do plano de mobilidade? Portanto, constata-se que, de uma forma geral, houve ações direcionadas para a mobilidade. Em 8 anos, temos sérias dúvidas que se possam regozijar destas obras. Será que foi feita assim tanta coisa em 8 anos?

E sobre a criação de emprego e outras medidas ou projetos para incentivar as pessoas a radicaram-se na Covilhã? Podemos apresentar uma notícia: ( https://www.dn.pt/dinheiro/novo-call-center-da-altice-cria-150-empregos-na-covilha-em-fevereiro-9072856.html ). Podemos ler que Vítor Pereira afirma que um Call Center responde às ambições dos covilhanenses. Sr. Presidente, acha mesmo que os covilhanenses ou outros residentes ambicionam trabalhar num Call Center? Já foi a esses centros de emprego tomar conhecimento das condições de trabalho? O Sr. Presidente pensa que ter emprego é suficiente? Vítor Pereira mostra que o mais importante é ver as estatísticas de desemprego no concelho a baixar. E a qualidade dos empregos? Todos os autarcas e candidatos, ao longo dos últimos anos referem que é necessário dinamizar e repovoar o centro histórico, mas em que medida? Basta começar a restaurar casas e criar T0s e T1s em barda? Quem quiser constituir família e ter filhos, vai viver num T0 ou num T1? Ou vão-se mudar para a zona baixa da cidade? Estarão os nossos políticos a reavivar o centro histórico, ou estarão a matá-lo de vez? Consideramos que este tema merece especial destaque na campanha que se avizinha.

Por último, abordamos o tema urbanismo. A atual organização urbanística da Covilhã já remonta a autarcas anteriores a Carlos Pinto. Uma cidade que se foi expandindo, na base do betão, com estradas largas e passeios tortos e estreitos. Na famosa “rotunda da central de camionagem” temos uma estrada com duas faixas (uma em cada sentido) que vai dar ao Intermarché. Outra estrada com duas faixas (uma em cada sentido) que vai dar ao posto da PSP. Outra estrada com duas faixas (uma em cada sentido) que vai dar à escola Pêro da Covilhã. E finalmente, uma estrada com QUATRO FAIXAS (duas em cada sentido) que dão acesso às imobiliárias e ao shopping. Isto só mostra que é mais importante haver movimento para shoppings e compra de casas, do que propriamente condições de acesso a escolas e outros serviços. Será ou não a Covilhã atual uma cidade virada para os negócios, e não para as pessoas? Será ou não a Covilhã atual uma cidade mais propícia ao movimento automóvel e menos propícia ao movimento pedonal? Estará ou não a Covilhã atual a tornar o movimento automóvel algo central e as pessoas algo periférico? Que ideias têm os candidatos para a parte urbanística do concelho, tendo em conta que as ideias levadas à prática por Carlos Pinto já estão mais que ultrapassadas?

“A mudança é a lei da vida.”

John F. Kennedy

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